VEG https://veg.blogfolha.uol.com.br Um blog sobre gastronomia vegetariana Thu, 01 Nov 2018 19:28:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Qual o futuro da comida vegana? https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/11/01/qual-o-futuro-da-comida-vegana/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/11/01/qual-o-futuro-da-comida-vegana/#respond Thu, 01 Nov 2018 09:00:41 +0000 https://veg.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/1280px-Vegetable_Market_Unsplash-150x150.jpg https://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1808 O veganismo tem somado cada vez mais adeptos ao redor do mundo. Uma indústria que já fatura milhões no Brasil, com um mercado consumidor cada vez maior e mais exigente.

Mas o que esperar do futuro da comida vegana?

Para chegar até aqui, passamos por diversas ondas: a soja, o seitan, o grão-de-bico e, mais recentemente, as castanhas. Tudo isso foi, ao longo do tempo, se revezando como a matéria-prima mais popular nas gôndolas.

O consumo é o verdadeiro ponto de mudança. Não há argumento sobre hábitos alimentares que seja mais poderoso do que uma prateleira cheia de opções no mercado da esquina. A praticidade é a chave.

Mas ter essa facilidade como norte levou a um exagero que já dá sinais de cansaço: a entediante junkie food vegana. Onde quer que se vá, proliferam hamburguerias com opções veg no cardápio, que incluem sempre um mergulho demorado no óleo quente.

Não se cresce em opções, mas em volume. Dezenas de hamburguerias: soja e grão-de-bico. Para o PF, o tradicional bifinho de soja. Buffet? Soja moída refogada, lasanha de carne de soja, almôndega de carne de soja, feijoada vegetariana com berinjela e linguiça, advinha, de soja.

Tudo isso surgiu da melhor das intenções. Uma geração inteira de veganos cresceu passando vontade. Enquanto todo mundo se esbaldava em lanchonetes, sorveterias e docerias, nos contentávamos com pão com salada. Enfim vencemos.

Mas exageramos tanto que é perfeitamente possível ser vegano e ter uma alimentação horrível, pobre em nutrientes e recheada de tudo o que deveríamos evitar.

Também proliferou a comida mal feita. A vibe do “Do It Yourself” que alçou vegetarianos “das antigas” a empreendedores, e a ânsia por atender um público cada vez maior, escorrega no amadorismo e improviso, que mais afasta e reforça os estereótipos sobre veganismo, do que aproxima novos adeptos.

Mas nem tudo é negativo. Sejamos justos.

Os pontos fora da curva são notáveis e merecem sempre destaque. Esse blog se encarrega disso, por exemplo. Restaurantes e lanchonetes (e até hamburguerias) que se empenham em criar, logo ganham um público cativo e nunca vêem o salão vazio. E merecem.

O movimento por uma alimentação mais purista e a reconexão com o alimento, que pulsa em iniciativas como hortas urbanas, PANCs e no ativismo do movimento ecopunk, também são um sopro de novidade.

Enchem os olhos, ainda que ofuscados pelo elitismo típico da alta gastronomia, os chefs que se empenham em estudos mais profundos atrás de receitas originais e prazerosas.

Aliás, é desse mercado phyno e da onda fitness glútenfóbica que surge um dos futuros do veganismo: o termo plant-based. Eu tenho uma birra especial por ele.

Em uma jogada de marketing para aproximar o público carnívoro que se preocupa com a saúde e dorme com culpa pela questão ambiental, chefs evitam o termo veganismo e propõe pratos “plant-based”. Tem funcionado.

Num outro flanco, a indústria também se mobiliza. Gigantes como Danone, Unilever e concorrentes fazem suas apostas no público vegano.

Nos EUA, nasce uma estrela. A Beyond Meat surgiu como uma startup que se propunha a fazer o hambúrguer mais similar o possível com a carne bovina. Com aportes milionários de figuras como Bill Gates, Leonardo de Caprio e da Tyson Foods (uma das maiores empresas de carne dos EUA), a marca conseguiu arrecadar US$ 90 milhões em rodadas de investimentos.

Os burguers da marca –sem soja, sem glúten e sem transgênicos– já estão nas prateleiras de 5.000 supermercados e 4.000 restaurantes do país. O próximo passo é lançar ações na Bolsa de Nova York e recolher mais alguns milhões.

Esse talvez seja o melhor exemplo do futuro do veganismo: chegar ao grande público com uma premissa saudável e mimetizando a carne de animais. O veganismo não é mais ativismo, é uma opção, uma nova rotina.

Vale a pergunta: Se o futuro é industrial, multimilionário e de posse das grandes marcas, o que restará para os pequenos empreendedores, que deram o start nessa revolução alimentar? É preciso se reinventar para seguir. A lógica do “melhor isso do que nada” acabou e só os criativos sobreviverão.

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Cinco produtos veganos que valem entrar no carrinho do supermercado https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/11/01/cinco-produtos-veganos-que-valem-entrar-no-carrinho-do-supermercado/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/11/01/cinco-produtos-veganos-que-valem-entrar-no-carrinho-do-supermercado/#respond Thu, 01 Nov 2018 09:00:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1811 Depois de muita luta, nosso dia chegou.

Cozinhar é uma delícia, mas nada mais prático do que ir ao supermercado e encontrar opções veganas de produtos prontos para o café da manhã, lanchinho e até churrascada com os amigos.

Nos supermercados, procure na seção de produtos naturais e integrais e também nas geladeiras. Às vezes é preciso olhos de águia. Lojas de produtos naturais e mercadinhos veganos são uma opção sempre certeira.

Confira cinco produtos que valem a pena levar para casa.

Pasta de soja Bem Me Quer (Foto: Divulgação)

Pasta de soja Bem Me Quer, da LifeCo
Ótima opção para comer como patê, com torradas e bolacha. Tem vários sabores, recomendo o de azeitonas.

Linguiça vegetariana da Goshen (Foto: Divulgação)

Linguiça de soja, da Goshen
Textura interessantíssima, bem temperada. Fica ótima frita e maravilhosa na churrasqueira.

Fique esperto, a linha anterior tinha clara de ovo na composição. A Goshen atualizou a receita, mas as duas opções ainda convivem nos freezers do mercado. Veja no rótulo se tem o selinho de vegan.

Glutadela

Glutadela, da Schillife
Sabe aquela saudade do pão com mortadela e tubaína? A Glutadela é feita com mandioca e glúten. Tem uma textura interessante e é bem temperada.

Vegetale, da Superbom (Foto: Divulgação)

Maionese vegetal, da Superbom
A Vegetale tem um sabor lembra muito o da maionese “original” e a textura é a mesmíssima. A marca é popular,  fácil de encontrar nos supermercados e lojas de produtos naturais.

Sorvete da Tofutti (Foto: Divulgação)

Sorvete da Tofutti
O verão está chegando. O sorvete da Toffuti é uma boa opção para quem cansou de picolé e sorbet de frutas. O sorvete de morango, raridade entre os veganos, é maravilhoso.

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Restaurante vegano tem bufê livre por R$1 nesta segunda https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/07/14/restaurante-vegano-tem-buffet-livre-por-r1-nesta-segunda/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/07/14/restaurante-vegano-tem-buffet-livre-por-r1-nesta-segunda/#respond Sat, 14 Jul 2018 22:11:38 +0000 https://veg.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/35226919_477115232718951_9114249983153930240_n-150x150.png http://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1757 O restaurante Pop Vegan, em São Paulo, vai comemorar um ano oferecendo bufê livre por R$ 1. A promoção começa às 11h30 e vai até às 16h30, ou até durar o estoque.

O Pop é fruto de três empreendedores que estiveram à frente do sucesso da rede Barão Natural. Em 2017, eles se desligaram da franquia para abrir um negócio próprio, nas bordas da rua Augusta, no centro.

O restaurante surgiu com a ideia de popularizar a comida vegana. O menu é simples, cozinha do dia-a-dia, com preços populares. Funciona em esquema de buffet livre (R$15 durante a semana) e mantém um cardápio de pizzas nas noites de terça a domingo.

A rede Barão Natural chegou a ter oito unidades na capital, uma das maiores redes de restaurantes veganos do país. Mas, em junho, fechou as portas de pelo menos seis delas.

Em anúncio nas redes sociais, os proprietários anunciaram a venda e dissolução da marca, que continua a ser usada apenas nas unidades de Pinheiros e Tatuapé. A última continuará servindo pizzas e esfihas.

Pop Vegan Food – Rua Fernando de Albuquerque, 144. Tel.: (11) 2157-4358

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Ben & Jerry´s lança dois sabores veganos no Brasil https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/ben-jerrys-lanca-dois-sabores-veganos-no-brasil/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/07/04/ben-jerrys-lanca-dois-sabores-veganos-no-brasil/#respond Thu, 05 Jul 2018 00:12:17 +0000 https://veg.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/caramel-almond-brittle-bulk-detail-150x150.png http://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1744 A empresa americana de sorvetes Ben & Jerry’s lançou, nesta segunda (2), dois sabores da sua linha sem leite no Brasil, ambos feitos à base de leite de amêndoas.

O “Peanut Butter & Cookies”, é um sorvete à base de amêndoas sabor baunilha com cookie sabor chocolate e calda de pasta de amendoim. O “Caramel Almond Brittle”, também é à base de amêndoas, com pedaços de amêndoas caramelizadas e calda de caramelo salgado.

Apesar do estranhamento que causa lançar novos sorvetes no inverno, vale lembrar que é verão nos Estados Unidos e as marcas aproveitam par anunciar novidades, em especial próximo ao feriado da independência (4 de julho), que reúne as famílias americana para o almoço no quintal.

Por ora, os sabores estarão disponíveis somente nas sorveterias da marca e não nas geladeiras dos supermercados.

A Ben& Jerry´s é a terceira grande marca a investir em derivados de amêndoas no Brasil, num mercado dominado pela soja. O leite vegetal Ades, da Coca-Cola, anunciou em junho sua linha de leite da castanha, seguindo a Danone, que trouxe a marca Silk para o Brasil no final de 2017.

Se você mora em São Paulo, confira seis opções de sorveterias com sabores veganos na cidade

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Cresce o número de brasileiros que se declaram vegetarianos https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/05/21/cresce-o-numero-de-brasileiros-que-se-dizem-vegetarianos/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/05/21/cresce-o-numero-de-brasileiros-que-se-dizem-vegetarianos/#respond Mon, 21 May 2018 19:00:53 +0000 https://veg.blogfolha.uol.com.br/files/2018/05/1280px-Vegetable_Market_Unsplash-150x150.jpg http://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1723 A SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira) publicou os resultados de uma pesquisa encomendada ao instituto Ibope em que 14% dos entrevistado se declaram vegetarianos. Foram entrevistadas 2.000 pessoas, em 142 cidades.

Ao confrontarem a afirmação “Sou vegetariano”, 8% responderam que concordam totalmente e 6% parcialmente. A pesquisa já havia sido feita em 2012, quando a porcentagem de vegetarianos atingiu 8%. Os vegetarianos hoje são 17%  no Nordeste, 15% no Sudeste, 10% no Sul, e 13% no Norte e Centro-Oeste.

Entre os entrevistados, independentemente de se considerarem vegetarianos ou não, 55% concordam que consumiriam mais produtos veganos se eles tivessem indicações mais claras na embalagem, o que joga luz à rotulagem de alimentos vegetarianos, hoje não-obrigatória, nem regulamentada.

Outro ponto interessante da pesquisa Ibope é a percepção de qualidade desse tipo de produto, o que pode indicar o fim de um certo preconceito com a comida saudável no país. Para 49%, os produtos veganos podem ter a mesma qualidade dos de origem animal.

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Indústria tenta proibir vegetarianos de chamar produtos vegetais de carne https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/05/12/industria-tenta-proibir-vegetarianos-de-chamar-produtos-vegetais-de-carne/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/05/12/industria-tenta-proibir-vegetarianos-de-chamar-produtos-vegetais-de-carne/#respond Sat, 12 May 2018 03:06:03 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1715
Hambúrguer defumado com omelete de tofu do Salad Days
Nas primeiras semanas de abril, a internet entrou em polvorosa com o polêmico projeto de lei francês que proíbe produtos que não sejam derivados de carne ou leite, de levarem esse nomes. 
 
Logo, fica proibido o leite de soja, o queijo de castanhas, a carne de soja e o filé de peixe vegetariano, nomes sempre presentes nas gôndolas de mercados naturais e restaurantes veganos.
 
A história, que atraiu a atenção dos haters baba-bifes, é um pouco mais complexa. Em junho de 2017, uma organização civil de direitos do consumidor da Alemanha, entrou com uma ação contra a também alemã Tofutown, empresa que concentra algumas marcas de produtos de origem vegetal, contra o uso dos termos “leite” de soja e “queijo” de soja.
 
O argumento era o de que existe regulamentação da União Europeia especificando o que é produto lácteo e que seus rótulos violavam esses dispositivos. O tribunal local remeteu a ação ao Tribunal de Justiça Europeu e a Tofutown perdeu.
 
Aproveitando a jurisprudência e embutindo o artigo em um pacote  de emendas à Constituição, o deputado francês Jean-Baptiste Moreau, do mesmo partido do presidente Emmanuel Macron (aquele bonitão), conseguiu aprovar seu projeto de lei que prevê a proibição dos termos “carne” “filé” “queijo” e “leite” de soja ou vegetal em território francês, sob o argumento que o termo confunde os consumidores.
 
Ao contrário do que você leu por aí, a lei não passou a valer, ela apenas avançou para isso. A aprovação foi em uma comissão da Assembleia Nacional. Para passar a ser cumprida, ela precisa ser debatida e votada em plenário, o que acontece entre 22 e 25 de maio.
 
Mas afinal de contas, por que as comidas vegetarianas têm nomes de carnes e leites?
A resposta é mercadológica: parâmetro e simplicidade
 
Quem responde a é David Oliveira, diretor de marketing da Superbom, empresa que há 93 anos fabrica produtos naturais no país. “Há 30 anos, quando tínhamos três produtos de proteína vegetal, não existia todo esse modismo sobre vegetarianismo, não tínhamos nenhum paralelo para identificar nosso produto.”
 
A solução para identificar os cilindros rosados feito à base de proteína de soja e trigo, embebidos em água, que usualmente recheiam pães acompanhados de molhos, foi a mais óbvia: salsicha vegetal.
 
“Nosso público era outro, ele só queria se alimentar da maneira mais natural possível, com uma carga proteíca adequada”, comenta.
 
A empresa lançou nesta semana uma linha com mais 13 produtos para o público vegetariano, avançando também na matéria-prima, sai a soja, que ficou demodê no mundo vegano, entra a proteína da ervilha, nova queridinha. [assunto para um próximo post]
 
Para o chef Celso Fortes, a frente da rede de franquias Açougue Vegano, com unidades em São Paulo, Rio e Santa Catarina, toda a grita pode se tratar de mera competição, uma reação do mercado ao crescimento da indústria e da gastronomia vegetariana.
 
Formado na escola de Alan Ducasse, na França, ele ainda diz que a proteção cultural que o francês faz da comida também pode explicar a lei controversa, mas não entende o sentido, já que, para ele, os nomes dos pratos não são tanto culturais, mas mais referenciais.
 
“O que a pessoa observa, o que a faz chamar a comida pelo nome é a referência do formato e da textura. A coxinha de jaca, ela é coxinha, porque ela tem aquele formato, frita por fora, com massa por dentro, tanto faz o recheio ou o ingrediente”, explica.
 
Fortes acredita que as pessoas deixam de comer carne não porque não gostam, mas por algum motivo que as coloca em conflito. Seja saúde, danos ao meio ambiente ou ética. “Elas estão mesmo é em busca de uma experiência gastronômica agradável, em sabor, textura. Se você consegue fazer uma gastronomia que alia esse fatores, que é gostoso, é saudável e impacta menos o mundo, não tem como competir.” 58% dos clientes da rede, estima, são onívoros.
 
Se você, jovem vegetariano, achou que esta polêmica estava superada e as caixas de comentários esvaziando, reserve mais um espaço na sua paciência. 
 
A associação de criadores de gado dos Estados Unidos acaba de enviar uma petição ao Departamento de Agricultura para impedir que carnes geradas em laboratório e de origem vegetal levem no rótulo as palavras “carne” ou “bife”.
 
Vou reservar meu melhor queijo de castanhas para gratinar quando esse circo pegar fogo.
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