VEG https://veg.blogfolha.uol.com.br Um blog sobre gastronomia vegetariana Thu, 01 Nov 2018 19:28:05 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Cinco produtos veganos que valem entrar no carrinho do supermercado https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/11/01/cinco-produtos-veganos-que-valem-entrar-no-carrinho-do-supermercado/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/11/01/cinco-produtos-veganos-que-valem-entrar-no-carrinho-do-supermercado/#respond Thu, 01 Nov 2018 09:00:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg https://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1811 Depois de muita luta, nosso dia chegou.

Cozinhar é uma delícia, mas nada mais prático do que ir ao supermercado e encontrar opções veganas de produtos prontos para o café da manhã, lanchinho e até churrascada com os amigos.

Nos supermercados, procure na seção de produtos naturais e integrais e também nas geladeiras. Às vezes é preciso olhos de águia. Lojas de produtos naturais e mercadinhos veganos são uma opção sempre certeira.

Confira cinco produtos que valem a pena levar para casa.

Pasta de soja Bem Me Quer (Foto: Divulgação)

Pasta de soja Bem Me Quer, da LifeCo
Ótima opção para comer como patê, com torradas e bolacha. Tem vários sabores, recomendo o de azeitonas.

Linguiça vegetariana da Goshen (Foto: Divulgação)

Linguiça de soja, da Goshen
Textura interessantíssima, bem temperada. Fica ótima frita e maravilhosa na churrasqueira.

Fique esperto, a linha anterior tinha clara de ovo na composição. A Goshen atualizou a receita, mas as duas opções ainda convivem nos freezers do mercado. Veja no rótulo se tem o selinho de vegan.

Glutadela

Glutadela, da Schillife
Sabe aquela saudade do pão com mortadela e tubaína? A Glutadela é feita com mandioca e glúten. Tem uma textura interessante e é bem temperada.

Vegetale, da Superbom (Foto: Divulgação)

Maionese vegetal, da Superbom
A Vegetale tem um sabor lembra muito o da maionese “original” e a textura é a mesmíssima. A marca é popular,  fácil de encontrar nos supermercados e lojas de produtos naturais.

Sorvete da Tofutti (Foto: Divulgação)

Sorvete da Tofutti
O verão está chegando. O sorvete da Toffuti é uma boa opção para quem cansou de picolé e sorbet de frutas. O sorvete de morango, raridade entre os veganos, é maravilhoso.

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Tofu, injustiçado e maravilhoso; aprenda a usá-lo em receitas https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/tofu-injusticado-e-maravilhoso-aprenda-a-usa-lo-em-receitas/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/09/05/tofu-injusticado-e-maravilhoso-aprenda-a-usa-lo-em-receitas/#respond Wed, 05 Sep 2018 16:44:15 +0000 https://veg.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/tofu-150x150.jpg https://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1800 Das delícias da gastronomia vegetariana a mais injustiçada e discriminada talvez seja o tofu. Esse pedacinho de céu apelidado de “queijo de soja” vem do Japão, onde é uma iguaria tradicional e respeitada.

As pessoas costumam torcer o nariz para o tofu por ele “não ter gosto de nada”. Produzido da reação do leite de soja com o sal amargo (sulfato de magnésio), ele tem um sabor bem suave e uma textura parecida com o queijo branco, mas isso varia e esse é o grande segredo do tofu: a variedade. É preciso saber qual usar na sua receita.

Existem cinco tipos principais de tofu: soft, firme, seco, frito e o Okinawa. A indicação vem no rótulo.

O soft é bastante comum e geralmente vem em embalagens de plástico duro, porque são muito sensíveis. Ideal para fazer um patê, um sour cream vegano ou doces. Péssimo para fritar, tem muita água, vai transformar tudo em uma sopa.

O firme é vendido em peças quadradas de até meio quilo. São ótimos para refogados. Amassado com um garfo, rende uma deliciosa “tofulete” (sim, uma omelete de tofu), basta acrescentar um pouco de curry ou mostarda e refogar com cebola e tomate. Também vai bem frito em fatias e em recheio de salgados.

O seco é um tofu que teve toda sua água drenada na prensagem e é bem comum que seja defumado. É mais duro, amarronzado, com uma textura que lembra um presunto (desculpem essa analogia, a outra alternativa era “borracha escolar”). Vai muito bem na grelha, naquele churras de domingo. Também fica bom marinado, é só colocá-lo para dormir uma noite em um pote com vinagrete na geladeira.

Há quem use esse tipo de tofu em pizzas e lanches, fatiados, fica bom, mas “cru” é bem sem graça. Tempere-o antes, marinando, fritando, ou só passando pelo azeite e shoyu com temperinhos.

O frito é bem conhecido dos restaurantes japoneses, onde aparece recheados de arroz e atende pelo nome de Abura-age . Antes de rechear com arroz ou usá-lo em ensopados, é preciso aferventá-lo numa água temperada.

O Okinawa começou a aparecer mais nos supermercados brasileiros, mas é raro. Ele é tradicional da ilha de mesmo nome, no sul do Japão. É um tofu firme, que passa por uma preparação diferente, na qual se retira mais água e acrescenta-se sal. Ele tem um sabor mais forte e mais proteína. É meu preferido, uma pena que seja difícil de achá-lo. Os usos são os mesmos do tofu firme.

Em São Paulo, encontrar tofu é tarefa fácil, basta ir ao bairro da Liberdade ou na Luz, onde as comunidades japonesa e chinesa mantêm lojas de comidas. No interior, procure a geladeira com bandejas de sushis e sashimis, ele deve estar por lá.

Dê uma chance ao tofu, você não vai se arrepender.

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Queijos veganos ganham complexidade e sabor com fermentação natural https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/08/14/queijos-veganos-ganham-complexidade-e-sabor-com-fermentacao-natural/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/08/14/queijos-veganos-ganham-complexidade-e-sabor-com-fermentacao-natural/#respond Tue, 14 Aug 2018 14:26:28 +0000 https://veg.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/queijotabua-150x150.jpeg https://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1778 O mercado de “queijos veganos” está em ascensão faz tempo, com a crescente demanda por substitutos vegetais nos supermercados, mas os vegetarianos são apresentados agora a uma complexidade de sabor e textura dignos dos melhores queijos serranos curados: os queijos de castanha fermentados.

Os queijos à base de mandioca ou batata deram as caras no mercado brasileiro ainda em 2010, simulando textura e sabor dos queijos amarelos. A aceitação do público foi imediata, em especial no “junkie food vegano”. Pizzas, salgados e lanches, enfim, tinham um queijo para chamar de seu.

Surfando na onda dos probióticos e dos fermentados selvagens, os queijos fermentados de castanha estão ganhando corações. “Os queijos veganos industrializados levam alguns ingredientes para dar textura e cor, além de tempo de prateleira. Eu trabalho só com ingredientes naturais”, conta a chef Katrin Warkentin.

Katrin estudou no Plant Lab, uma das mais conhecidas escolas de alta gastronomia natural da Califórnia, uma espécie de Cordon Bleu vegetariana.

Voltou de lá em 2016 e abriu o Laut, um pequeno restaurante crudívoro –nada é cozido ou assado acima dos 40°C– instalado em uma galeria na rua Augusta, que se tornou um dos melhores restaurantes vegetarianos da cidade, na opinião deste blogueiro.

No Laut, os queijos levam castanha de caju e macadâmia e são fermentados com duas cepas de bactérias comercias, em busca de uma padronização no processo. “A castanha de caju tem um sabor mais neutro e boa textura, a macadâmia é mais arenosa e garante uma boa estrutura”, conta Katrin.

Rejuvelac

Fora das cozinhas de restaurantes, o processo para fermentar queijos de castanha envolve o rejuvelac, um probiótico selvagem de grãos ricos em amido, como trigo ou cevada, germinados.

O processo consiste em germinar os grãos e deixá-los fermentar de molho, em temperatura ambiente por dois dias.

Esse suco, rico em bactérias e enzimas, é depois acrescentado ao purê de castanhas e leva até duas semanas para transformá-lo em “queijo”.

Dá trabalho, mas eu juro que vale a pena.

 

 

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Livro ensina a montar marmitas veganas fáceis https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/07/19/livro-ensina-a-montar-marmita-veganas-faceis/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/07/19/livro-ensina-a-montar-marmita-veganas-faceis/#respond Fri, 20 Jul 2018 01:10:48 +0000 https://veg.blogfolha.uol.com.br/files/2018/07/9788568684962-150x150.jpg https://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1763 Se tornar vegano nem sempre é fácil. Acrescentar a nova dieta à rotina nem sempre é simples como mudar de restaurante na hora almoço. A falta de opção ainda é um problema bem comum, em especial longe das grandes cidades brasileiras.

A jornalista austríaca Daniela Lais e o chef alemão Jérême Eckmeier resolveram simplificar esse processo no livro “Marmita Vegana” (Publifolha), que traz desde um guia de sobrevivência para os veganos que se aventuram por restaurantes étnicos, até receitas de lanches e refeições para levar para o trabalho.

O livro traz boas dicas de comidinhas que podem ser preparadas e guardadas para um lanche, como barrinhas de cereal, além de molhos de salada e ingredientes que ajudam na hora de montar a marmita, sem ter que começar do zero a cada dia.

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Aprenda a fazer leite de castanhas e nunca mais compre pronto https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/06/28/aprenda-a-fazer-leite-de-castanhas-e-nunca-mais-compre-pronto/ https://veg.blogfolha.uol.com.br/2018/06/28/aprenda-a-fazer-leite-de-castanhas-e-nunca-mais-compre-pronto/#respond Fri, 29 Jun 2018 01:36:03 +0000 https://veg.blogfolha.uol.com.br/files/2018/06/BHi_j0108-150x150.jpg http://veg.blogfolha.uol.com.br/?p=1738 Quando o boom do vegetarianismo chegou ao Brasil, no começo dos anos 2000, os leites vegetais à base de soja pipocaram nas prateleiras do supermercado. Tão prático como qualquer leite em caixinha, apareciam tanto na versão “natural” –na verdade, saborizados com aroma artificial de baunilha– até em sucos de frutas, achocolatado e etc. A indústria exagerou, em algum momento parecia que o mundo ia acabar em soja. O fato é que a moda da soja, no Brasil e lá fora, não durou muito pelo pecado do excesso.

Apesar de ser rico em proteínas, a soja não tem a melhor digestibilidade do mundo vegetal e o gosto é bastante marcante, seja o da própria soja, seja o do aromatizante de baunilha usado para disfarçar o gosto da soja. Isso dificulta seu uso em receitas.

A nova onda depois da soja foi o arroz. Marcas importadas chegaram ao país com um valor quase três vezes maior do que os derivados de soja. Apareceram também versões em creme, para a alegria dos cozinheiros. Não fez o mesmo sucesso, talvez pelo preço.

Em seguida, uma nova onda começou nos Estados Unidos, bateu na Europa e chegou aqui: o leite de castanhas.

O leite de amêndoas é onipresente nas prateleiras veganas dos EUA, lá também são bem populares o leite de avelã (com um gosto bem marcado) e o leite de sementes de cânhamo, adoradas pelos atletas veganos.

No Brasil, essa novidade chega com uma vantagem imensa: somos um dos maiores produtores de caju no mundo. É justamente a castanha que “dá” o melhor leite. O leite da noz de caju tem um sabor suave, pouco marcante e tem uma consistência bem parecida com a do leite da pobre vaca.

Já tem marca brasileira fazendo o leite em caixinha. Mas a receita é tão simples e rápida, que você precisa ser muito preguiçoso para recorrer aos prontos.

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Coloque meio copo de castanha-de-caju (ou amêndoas) –vale dizer: sem sal– de molho em um copo d’água e deixe descansar da noite para o dia (umas seis horas, não passe de 12).

Escorra e descarte essa água.

Bata com 200ml de água. Você pode variar a proporção, usando mais castanha e menos água para um leite mais grosso.

Segredinho: utilize água quente e adicione uma colher de aveia em flocos ou uma colher pequena de linhaça na hora de bater. O amido da aveia ou o óleo da linhaça vão adicionar uma consistência mais interessante.

Coe em uma peneira fina ou pano.

O resíduo de castanha triturada fica uma delicia misturada em bolinhos de arroz frito. Eu também gosto de refogar com cebola e tomate, feito um purê.

Pronto, agora você pode tomar seu leitinho de manhã sem ficar pobre.

 

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