Loja nos EUA tem ‘bacon’, proteína de cannabis e outros produtos veganos; veja

Yuri Gonzaga

Os EUA são, provavelmente, o país mais avançado no sentido de alternativas livres de origem animal aos alimentos industrializados convencionais.

Na semana passada, estava a trabalho em Nova York e aproveitei para passar em um mercadinho de produtos naturais –especificamente o Lifethyme, cujo nome é um trocadilho de “existência” com “tomilho”, que fica na vizinhança de Chelsea, em Manhattan, e tem mais ou menos um quarto do tamanho de um Pão de Açúcar de São Paulo.

O Lifethyme não é vegano: comercializa carnes, frango, ovos, laticínios normais. (Por outro lado, tudo é orgânico, segundo a gerente Antônia, portuguesa que foi verificar por que tinha um doido tirando foto de tudo)

Ainda assim, a quantidade de mercadorias veganas –entre biscoitos, leites e queijos vegetais, pães, bolos e sushi feitos no local, sorvetes e suplementos– era impressionante. Também é assim em redes como o Whole Foods Market e até mercados “mainstream”, como o Costco e o Trader Joe’s.

Por isso resolvi fotografar e mostrar como são presentes as opções para vegetarianos em lugares como os EUA. Além de servir de “food porn”, imagino que possa quiçá ser inspiração para empreendedores veganos brasileiros.

Um ponto fortemente negativo é o preço, ainda mais considerando a alta do dólar. Um dos queijos “gourmet” de castanha, da marca Dr-Cow, custava US$ 10,39 (cerca de R$ 40) por uma porção de 73 g (ou seja, por volta de R$ 550 0 quilo).

Tudo bem que esse é um extremo, mas a maior parte dos produtos era demasiado cara para um visitante brasileiro. Claro, o Estado de Nova York tem salário mínimo de US$ 8,75 por hora (US$ 1.400 ou R$ 5.420 por mês, numa jornada de 40h semanais) e alimentação não vegana tem preço equiparável, mas ainda assim não deixa de ser um choque.